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ARTIGO BIBLIORÁCULO - POÉTICAS CONTEMPORÂNEAS

Seja bem-vindo ao BIBLIORÁCULO, uma vivência cartográfica que envolve poesia, magia e tecnologia dentro da Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE). O intuito da intervenção é perguntar, a partir de livros e autores relacionados aos temas,  o que é sagrado ou profano para você?

Se você for uma pessoa de sorte, decifrará uma das 13 dicas-poema abaixo que te conduzirá à sua caixinha mágica. Ao todo são 35 caixas de acrílico vermelho-cigana contendo elementos do profano e do sagrado, segundo cada olhar.

Cada caixinha foi delicadamente montada pelo Biblioráculo sob a orientação de sua falange holística e contém poesia erótica, preservativos, lubrificantes íntimos, sementes de plantas de poder e ervas desidratadas para fumo ou banho. São elas: casca de imburana, rosas vermelhas,  capim aruanda, angélica, melissa, cipó de índio, calêndula, lírio do brejo, rosa branca, manjericão e alecrim.

A intervenção Biblioráculo foi criada pela artista Marina Mara é faz parte da Exposição CDU4 – Acervo Duvidoso, uma exposição desenvolvida pelos alunos do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB (IDA/VIS/UNB),  ministrada pelo professor Christus Nóbrega.

 

O Biblioráculo te aguarda no dia 27 de junho a partir das 9h na BCE.

Que a falange do Biblioráculo te dê sorte e guie seus passos dentro da BCE e dentro de você mesmo.

COMO PARTICIPAR

Passo 1 – Escolha uma das 13 dicas-poema abaixo

Passo 2 – Decifre a localização da caixinha com ajuda do sistema de busca da BCE, se preferir

Passo 3 – Vá à caça de seu tesouro Profano ou Sagrado

Passo 4 – Ao encontrar o tesouro, abra-o e descubra se é sagrado ou profano para você

 

 

 

 

DICA-POEMA 1

Para Garcia Lorca

Existe um Duende

Chamado inspiração

Quando ele aparece

A arte ganha alma

E a obra, coração

O Duende te aguarda

Nos escritos do poeta

Reza a superstição

 

 

DICA-POEMA 2

O cinexamã Val del Omar

Inventou a Mecamística

Onde a visão é tátil

E a tela é nossa retina

Seus filmes elementais

São de arte e sagrado

E onde a bíblia estiver

Seu mimo estará ao lado

 

 

DICA-POEMA 3

O inconsciente coletivo

É herança e ancestralidade

Que pulsa em cada ser vivo

São símbolos e sonhos

Que sonhamos juntos

Para chamar de realidade

Em meio aos arquétipos

E outros assuntos

Há uma oferenda de Jung

À sua curiosidade

 

 

DICA-POEMA 4

Fernando Pessoa fazia poema

Na máquina, no muro, na pena

Mas a poesia nasce do olhar

Sua ilha de edição

Dirigida por esse comboio

De cordas que se chama coração.

DICA-POEMA 5

Exú rege as

ações humanas

é o movimento

é a boca que

come o mundo

para alimentar você

com um tesouro

Que se esconde

Nos livros de

Pierre Verger

laroyê!

 

 

DICA-POEMA 6

sagrada e profunda

como fé de pescador

perfumada e fecunda

como santa no andor

encantando com

flor de laranjeira o ar

Iemanjá tem uma prenda

Onde Jorge Amado está

Odoyá!

 

 

DICA-POEMA 7

Minha mãe Oxum

Tem coração de pedra

Lapidada pelo rio e pela fé

Ela guarda seu ouro

Junto aos traços de Carybé

DICA-POEMA 8

O canto de Ossain

Te chama para

O baile das folhas

Que dançam

Ao vento dos versos

Que  Vinícius

Escreveu para você

 

DICA-POEMA 9 

Vilem Flusser era de touro

E com a ponta do chifre

Escreveu A história do Diabo

 

DICA-POEMA 10

Jorge Luis Borges

Sabia bem o seu papel

E como bom virginiano

Pensou em cada detalhe

Da Biblioteca de Babel

 

DICA-POEMA 11

Para Zygmunt Bauman

Líquidos amores afagam

Líquidos amores liquidam

Líquidos amores se afogam

Líquidos amores nos liquidificam

Nessa líquida liquidação

 

DICA-POEMA 12

Oxóssi é mata

Que não morre

Nem com fogo

Nem com serra

Pois de sua terra

É guardião e senhor

Sua essência é

De natureza

Assim como os

Haikais de Bashô

Okê arô!

 

DICA-POEMA 13

Xangô troveja

Proteção

E justiça no

Caminho dos

Filhos seus

Para que na

Caminhada

Nunca vacile

Ele é a real

Constituição

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