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Rio + 20

 

E lá estava eu, na Cúpula dos Povos na Rio+20, em 2012, um momento inesquecível, para o qual levei minha contribuição em forma de poesia como um convite à reflexão sobre a sustentabilidade do espírito e das relações humanas. Para a ocasião realizei uma intervenção que distribuiu cerca de 500 poemas e espalhou sorrisos em gente de todo jeito no evento. A performance contou com uma figura ímpar, o Anonymous (e ator) Artur Cavalcante, que, devidamente mascarado, segurava uma placa na qual estava escrito “Troco Poema por Sorriso” e convidava os passantes para minhas apresentações.

Dentre tantos momentos fortes e bonitos, um deles ganhou o troféu boniteza, minha apresentação no Museu de Arte Moderna – MAM. Ao chegar lá e me apresentar à equipe de produção, fui levada ao “meu palco”, como me foi apresentado. Chegando ao local, dei de cara com um pomposo auditório de 180 lugares – com todo couro e veludo que ele tinha direito. Espaço massa, mas não para ouvir poema sabendo que do lado de fora há um sol e um céu lindos. As pessoas chegavam à porta e se sentiam meio inibidas de entrar. E foi então que pedi para a produção do local para fazer no meio do pátio. A resposta foi: “Lá não tem acústica boa e nem equipamento. É por sua conta e risco”. Deixa comigo, respondi.

- E agora José?

O que aconteceu após isso não dá para descrever… mas dá pra ver no vídeo a seguir. Sem dúvida um dos momentos mais bonitos de minha caminhada poética. Semente certa no solo certo na estação certa. E viva a poesia viva.

Gratidão aos parceiros de produção Artur Cavalcante, Denise Pessoa e  Manoela Sarto – imprescindíveis.

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